Ele estava pagando por um crime que não cometeu. Tinha sido condenado injustamente por assassinato, e estava preso desde 1990.
Um cidadão americano recuperou, nesta quinta-feira (21), a liberdade, ao sair da cadeia por ordem da justiça. Ele estava pagando por um crime que não cometeu. Tinha sido condenado injustamente por assassinato, e estava preso desde 1990.
O pedido da defesa para anular a condenação foi concedido. David Ranta, de 58 anos, estava na prisão desde 1990. Ele tinha sido condenado a 37 anos de prisão pelo assassinato do rabino Chaskel Werzberger.
Durante um roubo de diamantes no bairro do Brooklyn, em Nova York, um homem alto e louro matou o rabino e fugiu no carro dele. David Ranta sempre se declarou inocente. Agora, um promotor concluiu que todas as testemunhas no caso foram subornadas por detetives da polícia de Nova York a depor contra David.
Embora fosse inocente, David Ranta provavelmente iria morrer atrás das grades se não fosse a persistência do advogado dele, que prometeu nunca descansar até que ele fosse libertado. Michael Baum foi o defensor público escolhido pelo tribunal para cuidar do caso nos anos 1990. Na época, ele descobriu que o assassino era outro homem, que morreu em um acidente no início das investigações. Como havia uma pressão popular grande para punir um culpado, os policiais mantiveram a acusação contra David.
"Foi tudo armado”, diz Baum. "David Ranta era inocente e eles sabiam. Passou 23 anos na cadeia porque a polícia cometeu um crime."
Um menino de 13 anos reconheceu David como o assassino na delegacia. Mas há dois anos, confessou que foi instruído pelos policiais a mentir.
"Os policiais puseram um homem inocente na prisão, mas não serão punidos", lamenta o defensor público. "Um caso como esse é a razão de ser da profissão de advogado."
"Eu só quero ir embora daqui", disse David ao deixar o tribunal.
Os policiais que induziram a justiça ao erro não serão levados a julgamento porque, depois de 23 anos, o crime prescreveu.
Fonte:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/03/americano-preso-injustamente-sai-da-cadeia-apos-mais-de-20-anos.html
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